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A incrível transformação – do Hulk às borboletas

  • Data 8 de outubro de 2020

Foto e Texto – Liszt Rangel

Quando Carl Rogers, considerado um dos maiores estudiosos do comportamento humano, em sua Abordagem Centrada na Pessoa, escreveu, “Curioso paradoxo, quando me aceito como sou, posso então mudar!”.

Liszt em Hampton sozinho

A autoaceitação é difícil processo que prescinde recorrer entre outros estados, ao exercício da humildade. A busca pela consciência do que nos torna hoje os mesmos do ontem, é indispensável para que surja, então, uma outra pessoa no amanhã.

Sim, é verdade que somos o que fizeram de nós. Mas, a partir do instante que torno consciente este material com o qual fui construído, posso demolir tal construção e ainda aproveitar os escombros para reconstruir-me. Isto se chama ressignificação! Trata-se do ressurgimento do Eu, porém, mais fortalecido, ao invés de rígido, ou fragmentado, e não mais pertencendo às ilusões da existência.

Quando digo fragmentado, quero esclarecer a qual tipo me refiro. Caso eu pertença a um passado de sofrimento, então estou fragmentado em lembranças traumáticas que mudam meu comportamento de forma inconsciente. Se pertenço à opinião pública, às redes socais, ao Whatsapp, aos games, aos shoppings, e até às relações interpessoais, onde só me encontro seguro nestes apêndices, implica dizer que não existo fora deles, pois não consigo ficar comigo! Sou uma pessoa fragmentada… E tudo a que me agarrei para não ficar comigo revela a imensa dificuldade de me aceitar. Tudo o mais é ilusão!

Outro ponto assinala a falta de autoaceitação. Pessoas que acreditam estar sempre certas, tornam-se rígidas e terminam por afastar os mais próximos. Já encontrei em minhas andanças pelo Brasil com várias pessoas assim. Lembro de uma jovem que me disse “Papai sempre nos ensinou que quando ele estivesse errado, ainda assim, estaria certo!”

Além de ser uma postura ditatorial em relação aos filhos e filhas, isso revela uma atitude de autoafirmação a fim de registrar quem ele é para os outros, mas nega-se a si mesmo, a partir do momento que permanece no lugar de sempre. E este é o lugar da intolerância e da rigidez. Talvez, este tenha sido o único lugar que ele tenha conhecido na vida a fim de se proteger até do que não mais existe, a não ser em forma de fantasmas que visitam sua mente!

E indivíduos rígidos quebram, adoecem, e terminam por ver o tempo passar sem passarem pelo tempo, acima dele, o tempo, como pessoas!

Pessoas estão fadadas pelo determinismo biológico e psíquico a mudar. Até a natureza não escapa às mudanças. Como bem disse o psicanalista, teólogo e escritor, Rubem Alves “Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.”

É muito comum em nosso comportamento o registro da cólera. Como exemplo disso está o Hulk, pois quando contrariado ou ameaçado revela-se instintivo, agressivo, e sempre fugindo do que pode expô-lo à fragilidade. Ainda que sendo um homem inteligente, de ciência, o Dr. David Banner se enfurece ante qualquer ameaça que exponha quem ele é, de fato. Tal qual ele, quando ameaçados, somos levados a reagir contra, e terminamos fugindo pelo mundo, correndo em verdade, de nós mesmos!

Já as borboletas nos dão o singular exemplo da ternura, posto que em transformação não são agressivas. São capazes de construírem a própria morada da morte, que também é a mesma do renascimento, o casulo! Trocam uma visão unilateral por uma maior, multidimensional. Ainda que algumas espécies vivam apenas um dia, conforme me ensinou uma amiga bióloga, tiveram a coragem de passar pela silenciosa transformação que as promoveu de lagartas a borboletas!

Então, qual transformação você deseja? A de manter-se Hulk, ou a de abandonar o casulo e alçar voos…?
Te desejo, então, uma linda metamorfose, ainda que dolorida, mas você será livre de si mesmo enquanto pertencerá ao seu verdadeiro Eu. Um Eu mais solícito, mais terno, mais afim com ideais de transcendência, e não mais o de fugir pelo mundo, correndo de suas próprias dores e incertezas!

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