O amor idealizado, a paixão avassaladora e as diversas carências que nutrimos em nós podem se tornar a principal matéria-prima para o surgimento de uma relação objetal.
O amor idealizado, a paixão avassaladora e as diversas carências que nutrimos em nós podem se tornar a principal matéria-prima para o surgimento de uma relação objetal.
Neste momento, o Outro deixa de ser uma Pessoa e passa a ordem de um Objeto que tem por finalidade ser controlado e manipulado, a fim de que o amante não perca os ganhos que fazem de sua personalidade insegura, desenvolver o narcisismo, a paranoia e a posse.
O Outro na condição de objeto, geralmente, se permite a isto com o intuito de se sentir importante, visto, desejado e valorizado.
A partir deste momento, está pronto o cenário onde a trama recheada de ciúmes, abusos, violência física e psicológica, jogos infantis, vingança e até ódio darão o roteiro de um filme com todas as chances para um final trágico.
O amor primário é narcisista e elege o Outro como espelho para ver a si mesmo. Uma vez não se vendo, o amante tende a destruir o objeto amado já que a perda do que fantasiosamente acreditava possuir lhe proporcionará um dor insuportável.
Sendo assim, o ódio gerado com a perda do Objeto é a primeira reação a ser experimentada por todo aquele que se envolva em uma relação onde o Amor Idealizado se torna o fogo que alimenta a chama da paixão, mas que também consome o oxigênio do ser amado, sufocando-o, matando-o aos poucos, mas com intensidade violenta.
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