• Inicio
  • Nossos Livros
  • Cursos
  • Viaje com Liszt
  • Quem sou
  • Nosso Blog
  • Contato
Liszt Rangel
  • Inicio
  • Nossos Livros
  • Cursos
  • Viaje com Liszt
  • Quem sou
  • Nosso Blog
  • Contato

Artigos

O luto e o enlutar-se são momentos altamente relevantes para todo aquele perdeu um ente querido, visitado pela morte.

  • Data 2 de novembro de 2020

O luto e o enlutar-se são momentos altamente relevantes para todo aquele perdeu um ente querido, visitado pela morte.

Não só a morte, mas o pós-morte, sempre foram seguidos de sentimentos de perda, zelo, saudade, desejos e frustrações, não obstante o sofrimento, o culto aos mortos nos acompanha há milhares de anos.

Desde a mais remota ancestralidade humana, passando pelas formações das hordas e chegando até as grandes civilizações e impérios, o Homem sempre teve um fascínio pela morte, porém, muito mais sobre o que o aguarda no além túmulo.

A fragilidade e a incerteza da vida física acendem-lhe as esperanças de que possa triunfar sobre a morte, e ainda, não ser esquecido entre os que ficaram na Terra. Foi assim com os egípcios, com os helênicos, com os gregos, com os romanos e ainda é com o Homem da Pós Modernidade.

Muitos querem ser lembrados, poucos desejam cair no esquecimento e sejam niilistas ou espiritualistas, todos sabem da brevidade da vida física.

E este sentimento de finitude associado à angústia gerada pela incerteza não só da morte, mas da Vida, acabam por fazer o Homem Pós Moderno agarrar-se aos momentos como se fossem os últimos.

Para o espiritualista, a certeza de uma vida no além é tão alienante que acaba por determinar a sua morte em vida, enquanto fica à espera de vida após a morte. Ambos, existencialistas e espiritualistas perderam a medida certa da Vida, e por isso, existem e não vivem.

Entre os espiritualistas, está uma minoria de espíritas, acreditando que vivem, enquanto tentam manter contato com quem está morto.

Ao mesmo tempo, é irônico pensar que os mortos, considerados vivos pelos espíritas, poderiam sorrir de suas credulidades e fantasias ao verem os que professam a Vida Espiritual.

Os tais espíritas se multiplicam às portas dos cemitérios, tentando impedir os enlutados de viverem em seus pensamentos, lembranças e nos mais profundos sentimentos a falta daqueles que lhes foram caros em Vida.

Pessoas que assim procedem, ignoram que as dores dos envolvidos em luto, uma vez guardadas, sufocadas e não vivenciadas, podem se tornar moléstias fantasmas, multiplicadas em sintomas de adoecimentos físicos e de transtornos mentais.

Já para os protestantes e católicos, a certeza vai na garantia de que nenhuma dor de luto pode ser maior do que a fé de que todos estarão reunidos no dia do Juízo Final, e assim, se enfileiram entre aqueles que creem estar vivos na matéria.

Para todos os crédulos, a máxima entoada pelos revolucionários franceses que sentiam a proximidade com a morte na guilhotina, “comamos e bebamos, posto que amanhã estaremos todos mortos!”se torna assustadora, uma vez que os impele a viver a imortalidade enquanto estão vivos e não após a morte.

Quão imenso é o contrassenso de se esperar viver após a morte, enquanto a vida se esvai ainda na existência frágil, à espera da única certeza incerta, a morte.

A crença de uma vitória sobre a morte não é capaz de trazer Vida aos que transitam na Terra, à espera de uma recompensa futura.

Ainda não compreendemos que a causa para Morrer bem é exclusivamente encontrada naqueles que souberam bem Viver. Na amplitude ou na limitação de nossa visão é que se encontra o nosso lugar seja na vida ou na morte.

Por ora, deixem os verdadeiros vivos revelarem através das lembranças saudosas dos enlutados, há quanto tempo já estão mortos aqueles que esperam viver após a morte!

 1,003 total de visualizações

  • Compartilhe:
author avatar
enok

Post anterior

O amor idealizado, a paixão avassaladora e as diversas carências que nutrimos em nós podem se tornar a principal matéria-prima para o surgimento de uma relação objetal.
2 de novembro de 2020

Próximo post

A verdade escondida, negada, adulterada, queimada, silenciada são faces de uma outra Verdade, aquela a ser sacrificada!
14 de novembro de 2020

Você também pode gostar

WhatsApp Image 2021-10-17 at 09.45.21
Jesus se sentiu abandonado por Deus?
17 outubro, 2021
WhatsApp Image 2021-06-19 at 08.11.20
O perverso que habita em nós
19 junho, 2021
WhatsApp Image 2021-05-09 at 09.48.37
O povo não lê nada. O povo trabalha seis dias por semana e no sétimo vai ao prostíbulo.
9 maio, 2021

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Buscar

Categorias

  • Artigos
  • Blog
  • Crônicas
  • Sem categoria
[mailpoet_form id="1"]

Desenvolvido pela ENOK DIGITAL