SEU FUTURO JÁ CHEGOU! – Então, qual é a sua ilusão de hoje?
Na mesma medida em que o homem é livre para escolher se torna escravo do que escolheu. Desta forma, a sua liberdade fica condicionada ao que optou pensar, falar, sentir, fazer, saber e crer.
Por outro lado, existe a não escolha. Esta se toma, inevitavelmente, outra escolha. Não escolher deixa o Indivíduo preso às consequências de se negar a pensar, falar, sentir, fazer, saber e crer.
Geralmente, quando a pessoa vive o estado de liberdade, logo se sente tão livre que termina por escolher algo ou alguém que lhe aprisione, posto que estar consigo se torna um imenso vazio.
Paralelo a isso, a carência de uma autoridade paterna surge na hora extrema da angústia de não suportar as consequências de ser livre nem de estar consigo mesmo.
Nessa hora, o Homem recorre tal qual uma criança, buscando a proteção de um “pai”. Este “pai” encontra-se, simbolicamente, representado na figura de Deus, dos Espíritos, do padre, do médium, do pastor, do palestrante, do pai de santo, do doutor, do juiz, do militar, enfim, são posições sociais que passam a receber todo o peso de uma falsa missão de salvadores do próprio abismo em que o Indivíduo e a sociedade se colocaram.
Essa busca por uma autoridade que console “desesperados”, que os coloque no colo, ou os discipline mesmo que seja através da violência – trata-se de um lugar de autopunição e de falta de autoperdão.
Após colocar-se nesse lugar de “vítima do destino”, o indivíduo ainda exige que tal autoridade lhe indique o caminho a seguir do que seria o do “bem”, da “Moral”, da “Ética”, dos “bons costumes” e da “paz”.
Mesmo que esse “bem”, essa “Moral” e essa “paz” sejam garantidas com armas, preconceitos e exclusão de minorias. Essa é a hora em que o Indivíduo associado à massa libera todos os seus conteúdos recalcados, reprimidos e dispersa como reflexo de suas sombras.
Vale salientar, ainda, que isto não só revela que o Homem escolheu alguém para projetar suas sombras mais terríveis, mas, ao mesmo tempo, é um forte indicador de que o Indivíduo faliu no que apenas ele, pelo discernimento e uso da liberdade, poderia ter aprendido.
E tal qual uma seta, estes “missionários e salvadores da pátria”, os que fazem o perfil “pais dos pobres e dos órfãos”, sempre apontam o caminho, mas nunca o seguem, surgindo no Homem o sentimento da desilusão.
Agora, envolvido pela desilusão, o indivíduo tem mais um item na sua lista de desafetos para culpar. Em seguida, ele irá passar pelo luto que envolve estados que vão desde a negação da realidade à revolta com ela, chegando até a descrença.
E depois, ele vai “resetar” todo o funcionamento e reiniciar seu ciclo de busca, enquanto revive a mesma angústia mal resolvida, dentro de si. Desta forma, volta a repetir escolhas sem ter aprendido com as consequências das anteriores.
Será, portanto, nessa ocasião que o Homem tomado pelo sentimento da insegurança, revelará um profundo estado de regressão no comportamento, acabando por se colocar, mais uma vez, nas mãos de promessas vazias e de lidadores da palavra fácil.
Esta fuga lhe será inútil. A realidade o trará de volta, por meio da desilusão em forma de desabamentos, escombros e ruínas que nada mais são do que o resultado das suas escolhas. Este é o seu futuro de uma ilusão…
Então, o que você anda escolhendo como futuro? Até porque seu futuro já chegou…
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