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SOCIEDADE E VALORES – ONTEM E HOJE!

  • Data 8 de outubro de 2020

Durante muito tempo, o estilo de vida romano da Antiguidade predominou, principalmente após o declínio da cultura helenística. De certa forma, seria absurdo dizer que esta desapareceu, mas foi tomada emprestada sob alguns aspectos, segundo a Teoria dos Empréstimos da Sociologia, pela cultura avassaladora dos que surgiram da “Bota Italiana”, erguendo o estandarte da Águia. Roma não era apenas um sonho concretizado de imperadores ambiciosos, de generais estrategistas e senadores corruptos. Roma era muito mais…

Roma era um estilo de vida, era um jeito de se vestir, de ter um status, de estar presente ainda que na condição de dominado, e sentir-se, apesar dos desmandos, pertencente a uma ordem sob a égide da Pax Romana, fazendo parte do mundo dos “civilizados”. Mesmo sendo judeu, egípcio, bretão ou grego, o estilo romano era contagiante. Uma moeda forte, a arquitetura de suntuosos palácios, templos e fóruns, a construção das moradias com suas ornamentações luxuosas, contrastavam com a pobreza da periferia fétida esquecida da capital do vasto Império.

O estilo de hoje já se encontrara entre os antigos romanos. Eles ditaram e marcaram, de forma singular, estimulando a moda, a intensa comercialização de azeite e vinho, a fabricação de utensílios para o lar que deveriam estar presentes na mesa da elite, quer na casa de campo ou em sua residência portentosa. Enquanto isso, a presença da massa nos jogos revelava não apenas a sede de sangue de uma sociedade belicosa, mas também os estados alterados de consciência que liberavam as perversões, cultivavam a alienação e o esquecimento da desigualdade diante das privações de várias ordens.

Não muito longe dali, a ocupar os privilegiados lugares dos anfiteatros e das arenas, estava a Nobreza, o Senado, o público seleto com seus banquetes sempre cercados por bajuladores, beberrões e glutões que deram início aos primeiros casos de bulimia, como se verifica nos vomitórios construídos a fim de que o participante da festa ao sentir-se empanturrado de tanto comer pudesse assim provocar a expulsão dos alimentos e voltar a se fartar. Com isso, todo tipo de prazer não tinha limites e se prolongava até o amanhecer…

Mesmo tendo passado mais de XV séculos da queda do Império, Roma, de certa forma, ainda vive ou pode ser revivida na ideia obsessiva coletiva de Hitler no século XX e agora nos cenários da Pós-Modernidade. A Águia com suas enormes asas douradas sobrevoa o cenário político, seja de países pobres, como os da América do Sul, ou do continente africano. Ainda a vemos sobre o Capitólio norte-americano com sua indústria armamentista, fabricando vítimas no Oriente ou em suas próprias escolas. A poderosa Águia ainda é erguida do outro lado do Atlântico pela Comunidade Econômica Europeia ou pela Inglaterra, que ao lado dos EUA podem ser vistas como reorganizações de um imperialismo nos dias atuais.

De forma dominadora, a grande ave está nos países do primeiro mundo que devoram e esgotam a maior fatia das riquezas naturais do planeta. Os imperadores atuais, quer aqui ou acolá, travestidos de Chefes de Estado, apresentam os mesmos sintomas da “Loucura Cesariana” que assombrou o psiquismo de Tibério, Calígula, Domiciano e Nero. O Senado envolto em corrupções ainda fazem seus investimentos em propriedades particulares, e com o objetivo de passarem despercebidos aprovam obras faraônicas às custas de altos investimentos que simbolizam o poder passageiro.

Arena romana site

As altas taxas de impostos cobrados à sociedade romana se estendiam às demais, nos territórios onde Roma, também, se fazia presente através de seus reis-clientes. Visavam, com isso, cobrir as despesas de administrações desastrosas todas as vezes que os cofres públicos estavam vazios.

Tal cobrança de altos impostos não foi diferente da praticada na realeza francesa da coroa Bourbon do século XVIII, enquanto a plebe insuflada pelos pensadores realizavam a Revolução Francesa que se perdera em sangue. Estas taxações romanas estão aí, ainda hoje, são amplamente praticadas quer sobre a dividida, sem opinião, em cima do muro e perigosa, classe média, mas em especial, sobre a massa pobre e esquecida, sufocada. E assim, todos terminam por bancar os desvios de verba do orçamento público que é fraudado.

Estes impostos repõem os excessos dos cargos comicionados, compram novos aliados para aprovação de projetos, e servem como moeda de troca na divisão de ministérios e secretarias. Não se pode deixar de fora os investimentos em projetos que não podem ser sustentados com o que é arrecadado e os impostos ainda têm que garantir os luxos de uma pequena elite. Enquanto isso, na tentativa de manter a alienação social, multiplicam-se nos octógonos de MMA ou nas arenas das Copas, os atuais gladiadores e atletas de Cristo.

Estadio Mane site

Não escapa aos olhos do bom senso o superfaturamento destas e doutras realizações megalomaníacas que garantem o prestígio social ao lado de medidas populistas e burlescas, cada vez mais ascendentes e que silenciam àqueles que só tiveram direito de gritar no passado “MORTE ou VIDA”, e agora bradam: “É GOOOLL!!!”.

A periferia mesmo, reclusa e esquecida, insiste em se fazer teimosamente presente. Na capital do Império, estiveram nas casas de madeira que foram incendiadas para a construção de uma Roma mais moderna. Cá, as palafitas junto com as residências dos bairros antigos foram derrubadas para a construção de shoppings e enormes arranha-céus, e assim levaram também as lembranças de uma infância inocente em que não era perigoso sentar-se em frente de casa para dialogar ou, simplesmente, fazer girar um pião.

O perigo agora está dentro das casas, ainda que vigiado por câmeras, fechado em condomínios com cercas eletrificadas ou dirigindo automóveis com alarmes, travas e vidros protegidos, o cidadão da Pós-Modernidade trocou a liberdade pela segurança. Ficou trancafiado em seu egoísmo, prisão sem grades de uma existência destituída de valores edificantes, e por isso faz-se portador de um imenso vazio, que pode ser, também, interpretado como ausência de um sentimento de pertencimento e perda da identidade.

Qual o seu lugar? Quem ele é? De onde veio e para onde vai? O que finalmente o faz feliz?

As respostas para tais perguntas tão antigas e que perseguem o Homem, aonde quer que ele vá ou em qual época se encontre, valem mais do que todos os impérios sonhados e conquistados!

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