Sim, como já demonstrei em pesquisas anteriores, Paulo de Tarso não foi só o Fundador do Cristianismo, conforme defendem modernos exegetas e historiadores, ele foi o criador do Cristo Mítico e Místico.
Segundo o rigoroso Dicionário Oxford da Igreja Cristã, Paulo é o “criador do sistema doutrinário e eclesiástico da Igreja”.
Para agravar ainda mais o seu currículo manchado de sangue dos cristãos e dos judeus, Paulo foi o maior responsável pelo completo desaparecimento da mensagem de Jesus, tornando o Galileu, praticamente, um “ninguém”.
Em suas cartas, Paulo ignora completamente as presenças de José e Maria e só se refere duas vezes a Tiago como “o Irmão do Senhor”, na condição de apóstolo.
Quanto aos amigos de Jesus, ele só cita João uma única vez e quanto a Pedro, além de lembrá-lo de sua “covardia” em negar Jesus, se incomoda ao ponto de nominar o pescador de “O Apóstolo dos circuncidados” e ainda ridiculariza os demais galileus, chamando-os de “iminentes discípulos”, (2Cor. 11:15; 12:11).
Se autopromovendo como o “Apóstolo de Jesus Cristo” (1Cor. 1:1; 2Cor. 1:1) fazia propaganda de suas desventuras, asseverando que havia sobrevivido a um número espetaculoso de açoites, naufrágio e apedrejamentos. Não se pode esquecer da suposta aparição de Jesus que, por sugestão, se acredita ter sido em Damasco (Gl. 1:17), quando dali em diante, o ex fariseu ficaria cego. As testemunhas dessa “Graça”, foram apenas os seus servos assalariados.
Atualmente, estudiosos do Novo Testamento já acreditam que ele possuía dificuldades prévias na visão, e até
mesmo Carl Gustave Jung já havia desconfiado que ele poderia sofrer de epilepsia, de malária e até de cegueira psicogenética, conforme se observa em sua segunda carta aos Coríntios (12:7).
Isso explicaria, em muito, o porquê dele apenas ter forças para começar a escrever as suas cartas, fazendo apenas as saudações, para em seguida, os escribas continuarem, enquanto ele as ditava em grego.
Isto facilita a compreensão da grande incongruência em sua personalidade, uma vez que por carta se apresentava austero, enérgico e agressivo, mas enquanto falava às pessoas, era fraco e não sabia argumentar (2Cor. 10:10).
O Paulo de Tarso como Saulo, o fariseu e assassino de cristãos, foi um grande fracasso, até porque nem os judeus de Jerusalém, muito menos os de Damasco o aceitavam e graças ao ódio que disseminou, ele precisou fugir da cidade na escuridão da noite, escondido como um malfeitor dentro de um cesto (Atos, 9:20-25).
Por esses e outros motivos, os amigos de Jesus não o acolheram, mas o marketing de se achar escolhido por um Cristo que só ele viu, fez Paulo se arvorar com autoridade para levar suas opiniões pessoais como mensagem de Deus aos gentios, “Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor?”(1Cor. 9:1).
A ambição dele era tão impressionante que não foram poucas as vezes que o vimos chamar a si de “um dos embaixadores de Cristo” (2Cor. 5:20), ou até mesmo se vendo como “um ministro de Cristo junto às nações”(Rm. 15:16).
Este é o Paulo de Tarso, o verdadeiro criador do Cristo Mítico e Místico do Cristianismo. Este foi o homem que atiçou o ódio entre judeus e cristãos e depois fez o jogo inverso; eis o manipulador das massas que dizia ter sido “arrebatado até o terceiro céu” (2Cor. 12:2-4) e como um demagogo ainda fingia não ser “digno de ser chamado de apóstolo”, (1Cor.15:9).
Na verdade, foi um grande articulista em defesa de sua causa própria. Ganhou dinheiro entre judeus, fama entre os gentios, desenvolveu um sistema de crenças em que ora usava as Antigas Escrituras, ora as distorcia para agradar a plateia.
Graças à “graça” que ele disse ter sido por ela salvo, milhares de pessoas se jogaram nos braços da morte, nas arenas, esperando por uma segunda vinda de Cristo.
O Cristo Redentor de quem ele se dizia ser representante, vendendo com bases nas escrituras dos Judeus, velhas crenças travestidas em novas, o fez ser e fazer de tudo, a fim de conquistar uma ovelha para seu rebanho que até hoje se multiplica, “Para os judeus, fiz-me como judeus; para os que estão sujeitos à Lei, fiz-me como se estivesse sujeito à Lei; para aqueles que vivem sem Lei, fiz-me como se vivesse sem Lei; tornei-me tudo para todos.” (1Cor.9:20-22).